quarta-feira, 21 de novembro de 2007

VIII PROJETA BRASIL


Há oito anos, a Rede Cinemark lançou o Projeta Brasil. O intuito era contribuir para formação de platéias e de profissionais de cinema. Com mais de um milhão de espectadores ao longo das edições, o Projeta acontece na primeira segunda do mês novembro.

O Cinemark dedica um dia inteiro de programação para os melhores filmes nacionais: são 358 salas dos 43 complexos da rede espalhados no Brasil. Dentre os filmes, o tão famoso Tropa de Elite, e ainda Cidade dos Homens, Saneamento Básico, O Cheiro do Ralo, Turma da Mônica dentre muitos outros.

“Mas o melhor de tudo”, afirma a assessora de imprensa, Carminha Botelho: “É que o Projeta Brasil te toda sua renda revertida para prêmios, festivais e ações de apoio a projetos que beneficiam as nossas produções e valorizam o mercado cinematográfico brasileiro”. Incluindo também a restauração de salas e equipamentos que contribuem para a memória do nosso cinema.

Beatriz Alvite, que dedicou sua tarde para o Projeta Brasil, considera muito importante este evento para atrair um público maior, como ela mesma, que dificilmente vai ao cinema. Já Bruno Tonelli, que também estava presente nos cinemas, afirma que participa do Projeta justamente pelas ações que promove, sabendo que sua renda é revertida para fins cinematográficos.

O sucesso é realmente absoluto, e não é a toa que está na sua oitava edição. E a cada ano que passa as restaurações de salas, bem como diversas ações vêm progressivamente melhorando, fazendo assim com que o cinema nacional não seja mais visto com preconceito e sim com respeito.

Cinema Brasileiro! Oscar? Ou qualidade?


O cinema brasileiro tem crescido expressivamente nos últimos anos. Em números, cada vez mais o país tem criado novos longas-metragens. Em decorrer disto, o Brasil já teve algumas oportunidades de concorrer na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar, mas não levou o prêmio. Para o próximo ano, o Brasil vê novamente essa chance, com o filme “O ano em que meus pais saíram de férias”, que está concorrendo a uma das cinco vagas para a disputa da estatueta. Porém, apesar do crescimento, o cinema nacional sempre foi visto com maus olhos e julgado como de má qualidade. A duvida que fica no ar é essa: O Brasil faz filmes apenas para tentar ganhar o Oscar ou realmente visa à qualidade?

Para tentar esclarecer, contamos com a colaboração de três entrevistados. Entre eles, o renomado cineasta Fernando Meirelles, sócio da O 2 filmes, diretor de grandes filmes como Domésticas, o Jardineiro Fiel e Cidade de Deus, Marcelo Izidoro, mais novo nessa empreitada de cineasta, mais conhecido como “Marluco” e o crítico cinematográfico desde 1978, Carlos Alberto Mattos.

Para Meirelles o cinema brasileiro não pode ser caracterizado como de qualidade ou não. Para ele, existem muitos filmes de qualidade e outros não, como tudo que existe na vida. Já Marluco afirma que o cinema nacional sempre teve qualidade, mas que hoje parece ter mais, pois a nova geração de cineastas está buscando recursos para a realização de seus projetos fora do país. Isso faz com que o produto tenha uma finalização diferenciada para o mercado mundial e não apenas brasileiro.É ai que parece que a qualidade aumentou, mas o que ocorreu mesmo foi uma mudança no foco dos realizadores. Para o critico Mattos, a partir dos anos 80 o cinema brasileiro passou a só ter qualidade de conteúdo, como técnicas que aproximaram o cinema nacional do europeu.

Quando questionados sobre as intenções do cinema brasileiro, Meirelles e Mattos concordaram. Ambos acham que ninguém faz cinema visando o prêmio do Oscar. Para eles, isso é uma conseqüência e não um objetivo. Para o crítico uma coisa não exclui necessariamente a outra. Embora o Oscar seja uma aspiração de qualquer produtor ou diretor, ele não acredita que no Brasil seja feito filmes pensando especificamente na premiação. Pode-se, muitas vezes, pretender chegar ao mercado internacional, o que, é legítimo e necessário para a economia cinematográfica. Meirelles também pensa assim: “Jamais encontrei algum colega que tenha feito um projeto pensando em Oscar. Ninguém diz: quero fazer um filme bem vagabundo”. Porém, Marluco pensa diferente. Para o novo diretor, a maioria dos realizadores brasileiros faz fimes visando o “próprio umbigo”. Segundo ele, em um país onde se produzem mais de cem longas metragens por ano e tem uma média de 20 a 30 lançamentos no mesmo período, existe alguma coisa errada. Então, surge uma nova categoria de filmes surgindo, que não é a de “filme criado para o Oscar”, nem a de “filme de qualidade”, e sim a nomeada por ele como a dos filmes “visando ser vistos”.

Entre os longas brasileiros de qualidade, foram citados pelos diretores e pelo critico “Tropa de Elite”, “O Ano em que meus pais saíram de férias”, “Jogo de Cena”, “Cidade dos Homens”, “Mutum” e “Contra Todos”.

O jovem diretor, Marluco, disse que Tropa de Elite, entre esses citados, é o que mais foi pensado como filme para chegar ao Oscar e que “O ano em que meus pais saíram de férias” é o de maior qualidade. Porém por ironia do destino eles inverteram seus papéis. Agora é esse ultimo que tem a chance de chegar a estatueta. Mas é claro, esse é um caminho muito difícil. Para Mattos, o filme não conseguirá, pois é muito pequeno, o roteiro contém falhas e possui interpretações razoáveis. Porém ele afirma que a academia pode gostar do filme, e isso não tem como prever. Já para Meirelles a conquista depende do investimento que vem sendo feito, da campanha do filme. Para ele, o trabalho de bastidor conta mais que o valor do filme. Por fim, Marluco discorda de Mattos quanto ao roteiro, o qual ele julga fantástico. Além disto, para ele, o tema é muito propicio aos interesses da academia do Oscar: “Eu acho que pode disputar uma vaga de igual para igual sim. Agora se vai ganhar ou não... aí é outra história”.

Crédito da Imagem: http://www.thegazz.com/blogs/gazznotes/uploaded_images/OSCAR-714660.jpg

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O cinema nacional está chegando!

O cinema brasileiro tem mostrado uma grande evolução nos últimos anos, atraindo cada vez mais o público para assistir as produções nacionais. Isso se deve a uma série de fatores que fazem com que o público se interesse cada vez mais por “nossas” produções.

Segundo Márcia Almeida, responsável pela sessão de cinema da revista Contigo!, a proximidade dos temas que são retratados nos filmes com o cotidiano da população, pode ter aproximado mais o povo às produções nacionais e ela também aponta a escalação de atores famosos da TV, principalmente da Rede Globo, como um desses fatores de atração do público.

Já Iago Maroni, 15, estudante, diz que gosta muito do cinema brasileiro, que em sua opinião conta com atores e atrizes fantásticos, além de termos um cenário natural maravilhoso. Para ele falta incentivo de nós mesmos, ou seja da própria população para o cinema nacional engrenar de vez.

Adriana Pucci, 17, estudante, disse que não assistia muito as produções nacionais e passou a assisti-las, pois houve uma melhora na questão da divulgação e também na própria produção, que para ela evoluiu bastante nos últimos anos.

Em relação ao filme nacional que causou mais sucesso nos últimos anos, a opinião é unânime. Tropa de Elite tem todos os ingredientes que o público jovem quer, como o fato de ser baseado em fatos reais, e de o tema ser polêmico. Porém a especialista na área Márcia Almeida, acha a produção “Não foi por acaso”, de Philippe Barcinski, a melhor dos últimos anos.

Podemos notar que o cinema nacional só tende a crescer, pois agora com mais investimentos e com a população conscientizada de que nosso cinema tem muito a nos mostrar, quem sabe um dia não poderemos ter nosso cinema num patamar maior em relação ao cinema mundial.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Especialista retrata sobre a atual situação do cinema nacional

Em entrevista com Mahomed Bamba, professor de cinema da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Faculdade 2 de Julho e do Centro Universitário da Bahia, pudemos ter a visão de um especialista sobre como está o cinema brasileiro.


No escurinho:Qual a sua formação acadêmica?

Mohomed Bamba:Mestre em Semiótica e doutor em Ciências da comunicação e cinema pela USP

No escurinho: O que você pensa sobre a situação atual do cinema nacional? Tem acompanhado as produções brasileiras?

Mohomed Bamba:A situação atual do cinema brasileiro é mais do que uma confirmação das expectativas suscitadas pela primeira fase da chamada "retomada do cinema nacional" dez anos atrás. Os recentes sucessos de bilheteria de alguns filmes (tanto da Globo Filmes como do cinema independente) representam também uma reconciliação do cinema brasileiro com o seu público. Mesmo se a linha social continua sendo a tônica dominante, a variedade de gênero revisitado pelas recentes produções é também um ponto a destacar.

No escurinho:Você acha que o filme "O ano em que meus pais sairam de férias" tem chance de ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro?

MB:Sim tem suas chances. É um filme com uma história simples e comovente narrada do ponto de vista de uma criança e traz como pano de fundo um período histórico e político em que outros temas são também levemente abordados. O que faz com que o filme acaba tendo um porte universal em termo de valores. Em outras palavras, um conjunto de ingredientes que não deixam indiferente a Academia do Oscar.

No escurinho:Qual filme brasileiro também merecia ser indicado também? Por que?

MB:Do meu ponto de vista todo e qualquer filme brasileiro pode dignamente representar o Brasil em qualquer festival ou no Oscar. Afinal de contas, são filmes brasileiros que carregam em suas tramas narrativas uma parte da realidade social do Brasil.

No escurinho:Como você vê esse sucesso de "Tropa de Elite"?

MB:Corresponde a um momento crucial da retomada do cinema em que os cineastas nacionais estão sabendo conciliar preocupação estética e autoral com as exigências de um amplo público local que quer ver filmes empolgantes. Sem cair forçosamente nas receitas fáceis do cinema indústrial e comercial modelo hollywoodiano, o diretor e o có-roteirista de Tropa de Elite, como outros cineastas brasileiros, souberam sabiamente servir um filme que levanta inteligentemente várias questões socais atuais dentro do formato de um filme de gênero híbrido (ação, drama social, policial,..tudo isso regado como muita violência). O resultado é que conseguiram atigir um grande público antes mesmo de o filme estar nas salas de cinema. Esta receita basta para tirar os filmes brasileiros do geto da cinefilia e aproximá-los do chamado "grande público" ? Eu não saberia responder agora. A coisa parece certa: desde "Cidade de Deus", a formula parece funcionar.


No escurinho:Qual é a sua opinião sobre a crítica brasileira? Os jornalistas estão bem preparados para desempenhar esta função?

MB:A explosão do fenômeno da Cyber-cinefilia e de blogs de discussão sobre cinema levou algumas pessoas a decretar a crise e até o fim da crítica cinematográfica. Não é verdade. Eu chamo isso de uma simples expansão do espaço público de discussão sobre os filmes em que, além da crítica especializada, e notadamente jornalística, encontram-se diversos comentários de cinéfilos. Mas neste espaço polifônico a crítica jornalística e especializada continua o pivô. Ela é fadada a desempenhar um papel preponderante, pois seu profissionalismo e sua qualidade a distinguem do resto das "pseudo-críticas" impressionistas que pululam na net e na blogoesfera.


No escurinho:Qual seu estilo de filme favorito? Por quê?

MB:Adoro todos os gêneros e estilos de filme, com a condição que sejam filmes que tenham uma boa estrutura narrativa (ficção) e me retratem uma realidade social de um modo como os meus olhos nunca me fariam ver (documentário).

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Estrela do cinema pede desculpas para críticos


Por incrível que pareça, o ator Brad Pitt entrou em cena mais uma vez! Só que dessa vez não foi nas telonas do cinema. Em entrevista para poucos jornalistas, Pitt pediu desculpas aos críticos cinematográficos pelos seus primeiros filmes.

Entre os longas, o ator ressaltou “Assassinato no colégio”, “Sete anos no Tibet” e “Encontro Marcado”, onde o ator interpretou a morte que aproveitou o corpo de um jovem para adquirir conhecimentos sobre a vida dos mortais, enquanto esperava a hora de levar embora com ele o empresário William Parrish, interpretado pelo renomadissimo Anthony Hopkins.

Foi o proprio autor que declarou que nesta época ele ainda estava verde. Hoje, Pitt se acha muito mais maduro e capaz e tem provado cada vez mais isso, como por exemplo nas filmagens de “11 homem e um segredo” e suas continuações. O autor desde seus primeiros filmes mostrou uma grande evolução, o que fez com que ele seja quem é atualmente: uma das maiores estrelas do cinema.

Recentemente, Brad Pitt gravou “Burn after reading” (ainda sem tradução), dos irmãos Joel e Ethan Cohen. O ator mais uma vez provou o que disse aos jornalistas. O drama de espionagem já é um sucesso no exterior. Não é atoa que ao lado de Pitt contracenam também Jonh Malkovich, Geoger Clooney e Frances McDormand. O filme deve chegar ao Brasil no próximo ano. Fique ligado!

Créditos da imagem: http://www.stardose.com/index.php/category/brad-pitt/

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Próximo filme do diretor de "Tropa de Elite" será sobre político corrupto



Por Marcel Pedroza

José Padilha(foto) anunciou nesta terça-feira(30/10), que seu próximo longa será sobre um político corrupto.Depois de abordar sobre violência em, "Ônibus 174" e de ter feito grande sucesso com "Tropa de Elite", o cineasta irá investir em mais um tema que está sempre nos noticiários.

"A gente quer fazer um filme mostrando o que gerou um certo tipo de político que temos no nosso Congresso", disse Padilha.A idéia original do projeto foi do rapper Gabriel, o Pensador. O roteiro já está sendo escrito pelo sociólogo Luiz Eduardo Soares (um dos autores do livro "Elite da Tropa", realizado em paralelo ao roteiro de "Tropa de Elite"). Como "Tropa de Elite", "O Corruptólogo" será uma ficção baseado em relatos de pessoas reais, no caso de políticos.

Vamos esperar para ver se o autor fará grande sucesso novamente, pois Tropa de Elite que ele está tentando junto a algumas companhias distribuidoras, baixar o preço dos ingressos para R$ 5,00 em cinemas de bairros populares, deu muito o que falar pois em qualquer lugar que você vá sempre tem alguém falando:"Zero Meia vocé é um fanfarrão".


JOGOS MORTAIS 4



Para os fãs dos filmes de terror, e principalmente para os apaixonados (se assim pudermos falar) de Jogos Mortais, estreou na ultima sexta feira, dia 26, o quarto filme de Darren Lynn Bousman.

O longa é a continuação direta dos outros três filmes, onde são feitos jogos com as pessoas para que dêem valor a vida. Nos supostos jogos, os escolhidos devem optar em salvar sua vida, mesmo que para isso, tenham que passar pelas piores situações, inclusive matar.

Com cenas um tanto quanto chocantes, o filme faz pensarmos em como agiríamos se estivéssemos na pele daquelas pessoas, se as atitudes seriam as mesmas ou não. É inevitável o falatório depois da sessão, pois mesmo sendo uma ficção, o filme relata uma realidade, não tão cruel e nem sangrenta, mas o tipo de valor que as pessoas dão a sua vida.

O torturador Jigsaw morre no último filme, fazendo assim com que os policiais pensem que estão livres do maníaco, porém antes de sua morte deixou um recado, que sua filosofia continuará aos que não valorizam. A obsessão do policial Rigg para acabar com a série de crimes faz com que acabe se tornando a próxima vitima: Como ele não aproveita sua vida, deixando sua esposa sair de casa, ele terá de aprender, da pior forma possível, como as coisas devem ser feitas.

O caso agora está nas mãos do FBI. Mas enquanto isso, Rigg recebe um recado de que tem noventa minutos para salvar duas vidas. Para isso, porém, ele terá de participar de um jogo com diversas fases. Em cada uma, ele precisa ensinar lições de vida para diferentes pessoas, sempre ao modo de Jigsaw. Para tentar acabar com a série de crimes do maníaco, os agentes federais irão investigar a fundo a vida de John Kramer, para descobrir o que tornou aquele homem um torturador sem escrúpulos.

A grande dúvida dos fãs em relação ao quarto filme era o fato de Jigsaw e sua assistente Amanda estarem mortos. Como o ator Tobin Bell participa da quarta parte, muitos imaginam que o vilão pode ter ressuscitado o que aumentou as discussões a respeito da continuação.

Então esta aí um programinha para quem curte um bom terror no cinema!



Créditos da imagem: http://radmusic.tblog.jp/images/Saw4.jpg